Naturism growing in Brazil?

[Daft]

This month, one of Brazil's biggest weekly magazines, Época, did a report about naturism. It compares how naturism is becoming "less popular" in Europe (according to some researchs as the one discussed in this topic -> http://internationalyn.org/forum/index.php/topic,8803.0.html) and how, otherwise, naturism is growing here in Brazil. It says that, according to data provided by our national federation, the estimated number of naturists in the last decade was around 300,000, and now is about 500,000. It also says that the number of official naturist places (including beaches, clubs, etc) doubled, and now there are 30.

Maybe some of these infos are not accurate, and of course, the federation used this report to give good publicity to naturism, but I think is experiencing a good moment for naturism.


Here's the transcript and a scan of the report:

Perdeu a graça




A ideia, ao que parece, sempre foi celebrar a harmonia entre homens e natureza. Andar sem roupa em lugares abertos tornou-se um costume cada vez mais praticado e aceito, especialmente na Europa. O continente reúne quase 80% dos cerca de 2,5 milhões de naturistas do mundo. Sua filosofia já faz parte da cultura europeia há mais de 100 anos. A prática começou com jovens alemães do início do século XX, que viram na nudez sem erotismo uma maneira de desafiar rígidos costumes daquela época. Algo mudou, entretanto, nos últimos anos. A Associação Alemã da Cultura do Corpo Livre (DFK, em alemão), com aproximadamente 40 mil sócios, registra uma diminuição anual de 5% no número de novos adeptos, um índice que se repete em outros países com tradição naturista, como o Reino Unido. Os europeus, quem diria, parecem menos dispostos a tirar a roupa.

As hipóteses para o fenômeno vêm de dentro e fora do continente. No berço do nudismo, um dos possíveis fatores para a queda nas adesões é a imigração. Quase 15% da população da Alemanha é de estrangeiros. Só no ano passado, 11 milhões de pessoas, de cultura e hábitos sociais diferentes, migraram para o país. Muitos vêm de nações muçulmanas, onde a nudez não é aceita com tanta naturalidade. “Nosso slogan, Quando estamos nus, somos todos iguais, não parece mais fazer sentido”, afirma Kurt Fischer, presidente da DFK.

Na Alemanha de hoje, o naturismo está cada vez mais associado a pessoas mais velhas. A média de idade dos nudistas é de 50 anos e vem aumentando. Há casos de famílias em que as crianças, que acompanhavam pais e avós a praias e parques naturistas, abandonaram o programa na fase adulta. Num país onde as taxas de natalidade são baixas, e os jovens já não veem o ato de ficar nu como uma transgressão social, a renovação dos naturistas enfrenta desafios.
Crianças que eram levadas pelos pais a praias de
nudismo desistiram do programa na fase adulta

Andrew Welch, do movimento Naturismo Britânico, com cerca de 11 mil membros cadastrados, afirma não haver motivo para preocupação, apesar dos números em declínio na Europa. “Continuamos muito ativos. O naturismo é bem difundido, e há praticantes que não sentem necessidade de participar de uma organização.”

Se o nudismo europeu está em baixa, no Brasil a situação parece ser outra. Segundo Giulliano Pacheco, da Federação Brasileira de Naturismo, há 1.500 pessoas donas de um “passaporte” da Federação Internacional de Naturismo, que dá acesso a locais de nudismo em 36 países. A estimativa é que os cadastrados passem de 2 mil até o fim de 2012. Pacheco afirma, porém, que o número de adeptos no Brasil é muito maior: há dez anos eram 300 mil; agora, chegariam a 500 mil. Nesse mesmo período, a quantidade de lugares onde qualquer um pode se mostrar como veio ao mundo dobrou – hoje são 30. Só falta mesmo a legislação, já que as praias de nudismo funcionam com base em decretos municipais. Um projeto que regulamenta a prática no país tramita no Senado. Caso se sintam inadequados e fora de moda, os nudistas europeus já têm onde se refugiar.


http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI255103-15228,00-PERDEU+A+GRACA.html